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Competências Hard e Soft Skills – A Chave do Século XXI

Quando eu era pequena, eu sempre ouvia dos adultos, que era importante saber vários assuntos técnicos e isto me garantiria no mercado de trabalho. Será mesmo?

Depois, eu entrei para o mercado de trabalho e aprendi que aquilo que eu sabia e tinha muito orgulho de saber, só fazia sentido, se eu soubesse usar muito bem e se a Organização precisasse daquela competência na descrição do cargo, para qual eu estava contratada, mas, não era tudo. O mais importante era a minha atitude ao usar ou não, aquele conhecimento e habilidade para entregar um resultado, gerando valor para mim mesma e para a empresa. Esta parte da história muitos profissionais não desenvolveram até hoje e ela é crucial para a sobrevivência de Organizações e Profissionais.

Soft e Hard Skills, a razão da minha inquietação.

A minha história serve para contextualizar, as hard skills, que são as nossas competências técnicas e específicas, aquilo que entregamos, quando fazemos o uso do nosso conhecimento e das nossas habilidades e as soft skills que são as nossas competências comportamentais, envolvendo, aptidões mentais, emocionais e sociais.

E como a minha missão de vida está ligada ao desenvolvimento de Organizações e Pessoas, eu logo entendi, que as hard skills eram importantes, mas, eram as soft skills que faziam toda a diferença no ambiente corporativo.  E, por muito anos, uma inquietação permanente me acompanhou na jornada dentro da área de Desenvolvimento Humano, onde o processo de aquisição de talentos, influenciando os demais subsistemas de RH, era norteado pelas hard skills e o processo de desligamento pela ausência, imperfeição ou incongruências das soft skills, ou seja, a admissão feita pelos conhecimentos e habilidades e a demissão realizada pela ausência de atitudes, valores e equilíbrio emocional, se considerarmos as estatísticas da área.

E eu sempre acreditei, que nos desafios estavam as oportunidades e tive o privilégio de vivenciar um fantástico projeto de Gestão Estratégica de Pessoas e um alicerce forte, não verga, mesmo que o “mecanismo” muitas vezes faça parte da jornada profissional. Trabalhar as soft skills no mundo corporativo, faz parte da minha jornada, o que valeu momentos de tensão, vamos chamar, criativa, porém, sempre foi preciso vencer o sedentarismo organizacional e avançar em know-how técnico e projetos para a evolução da compreensão destas competências para o sucesso das Organizações e das pessoas.

Nos dias atuais, com a alucinante transformação do Século XXI é uma necessidade de sobrevivência para as Organizações e para os Profissionais, trabalharem o conjunto das hard e das soft skills, mas, dando uma atenção com lente de aumento para as soft skills.

Chegamos a época de Humanos e Robôs e Robôs e Humanos, mas, o que fará a diferença é a consciência de si mesmo, dos outros, do mundo. O profissional do futuro precisa “ser”, precisa “sentir” e  precisa adquirir as “competências comportamentais e sociais”.

O Fórum Econômico Mundial definiu como competências do profissional do Século XXI: Resolução de Problemas Complexos, Pensamento Crítico, Capacidade de Julgamento e Tomada de Decisão, Flexibilidade Cognitiva, Criatividade, Liderança e Gestão de Pessoas, Coordenação com os Outros, Inteligência Emocional, Orientação para Servir, Negociação, Destreza Cultural e as Organizações Exponenciais definiram para o Líder Exponencial: Futurista, Inovador, Tecnológo e Humanitário, podemos observar como as Soft Skills trilham a jornada do futuro.

Vamos trazer mais informações: a Capgemini Digital Transformations Institute (Líder global em consultoria, serviços de tecnologia e transformação digital) realizou uma pesquisa global em 2017, que apontou que 60% das organizações vivem um apagão de soft skills entre seus colaboradores.

Revelando o segredo… Por que as competências são tão importantes para as Organizações e para as pessoas?

Neste cenário, há uma necessidade como jamais vista em se investir no Autoconhecimento, Consciência  e Liderança de Si  Mesmo e em Competências que tragam a sabedoria humana  para atuar num mundo automatizado.  Por outro lado, o mercado está repleto de produtos e serviços,  que por vezes, causam confusão e não alcançam o resultado esperado, eu prefiro trabalhar na linha de um diagnóstico dedicado e diferenciado para avaliar as necessidades das Organizações e das pessoas para que haja ressonância organizacional.

Vivemos num mundo desafiador e instigante, não é mesmo?

As mudanças são rápidas e transformadoras e às vezes nem percebemos e já estamos vivendo o novo.  A Tecnologia muda o nosso modo de pensar, agir, trabalhar, ou seja, o nosso modo de viver e por outro lado, há uma necessidade enorme pelo autoconhecimento, pelo autodesenvolvimento, pela inteligência emocional, pelo desaprender e aprender de novo e de forma ágil, num ciclo de renovação e evolução contínua.

Tudo isto exige trabalhar as “Competências” de modo consistente, consciente e robusto para otimizar onde somos melhores, minimizar onde não somos tão bons assim e até desenvolver o potencial escondido. O  Século XXI, as Organizações Exponenciais trouxeram as novas competências que precisam ser desenvolvidas de modo ágil, mas, ao final de tudo, precisamos apagar o robô dos humanos e reconectar o ser humano com a humanidade e isto se faz através do pensar e sentir, de forma consciente e ressonante.

As Organizações precisam ser fortes no presente para estarem presentes no futuro. Vivem o cenário da Quarta Revolução Industrial, que vem provocando mudanças rápidas na produção, distribuição e consumo. Sabemos que as Revoluções Industriais, ao longo da história da humanidade deixaram, ganhadores e perdedores. Setores e profissões que nasceram e que morreram, mas, de certa forma, sempre houve um reaproveitamento. Agora é diferente, não se sabe muito bem, qual será o caminho, quantos setores, empregos desaparecerão e quantos surgirão e se surgirem,  serão suficientes para abrigar  milhares?  E os hoje já não encontram as condições de atender o mercado?  Salário Social Global? Estas dúvidas já começam a ocupar as mentes das lideranças e as competências também.

O Mundo sempre foi volátil, incerto, complexo e ambíguo,  mas, agora tudo parece ser mais acelerado,  entre a oportunidade e o caos, há linhas tênues. Nos desafios estão as oportunidades e as ameaças e uma necessidade ampliada de avaliar quais competências serão necessárias para fortalecer o presente e estar presente no futuro. Avaliar quais as Competências que a Organização tem hoje e quais ela precisará para o amanhã faz parte da estratégia.

Vamos contextualizar: as Organizações trabalham a partir de uma Estratégia Organizacional e desta Estratégia estabelecem os Objetivos Estratégicos, que são transformados em metas e em indicadores de desempenho para atingir os resultados,  então, precisam definir quais Competências são vitais para enfrentarem este admirável mundo novo e caminharem para o mundo do amanhã.

Afinal o que é C.H.A.V.E.?

Quando falamos das Competências de uma Organização destacamos as Competências Individuais, que são consideradas as mais importantes. Imaginem, uma Organização sem pessoas. Se não houver pessoas não tem conhecimentos, não tem habilidades e não tem atitudes.

Durante muitos anos o mercado trabalhou com o conceito de Competência formado pelo acrônimo C.H.A., conjunto de Conhecimentos (saber), Habilidades (saber fazer) e Atitude (disposição interior de usar ou não usar o conhecimento e a habilidade, a atitude muda o resultado: enfrentar um desafio ou não enfrentar).

Contudo, com este mundo em mudança, guiado pelo propósito, pela transformação, pela qualidade de vida, focado no cliente, nos colaboradores, nos investidores, no meio-ambiente enfim, no ecossistema interno e externo, acrescenta-se Valores (as crenças, tudo aquilo que valorizamos, que não abríamos mão, que priorizamos) e o Entorno ( o ambiente interno,  o  ambiente externo, o equilíbrio emocional, para que a competência possa ser exercida e expandida, neste aspecto, a Organização fornece  “a estrutura para o mente e a alma”).

O Segredo:

A chave do sucesso de uma Organização é cuidar das suas Competências Individuais,  através de um projeto que facilite a transformação comportamental e  provoque  o Desenvolvimento Humano que se traduza na  Ressonância Organizacional e a chave para o sucesso de um profissional é  conhecer a si mesmo e alimentar as suas competências técnicas continuamente e  as  comportamentais e sociais.

C(Conhecimento)+ H(Habilidade)+ A (Atitude)+ V (Valores)+ E (Entorno) = C.H.A.V.E.

E como está o seu segredo?

  • Como está a C.H.A.V.E da sua Organização para alimentar o motor do hoje e preparar o motor do futuro?
  • Como está a C.H.A.V.E da sua Carreira?
  • O que está sendo investido na Consciência e no Sentir para viver um Mundo automatizado?

ERIKA A. ROSSI

Graduada em Administração de Empresas, especialista em Gestão de Pessoas e Recursos Humanos, possui também formações e treinamentos em Gestão Planejamento Estratégico, Subsistemas de Recursos Humanos, Master Business Executive Coach, Practitioner em PNL, Gestão Comportamental. Erika atuou na liderança de projetos e pessoas em expressivas organizações nacionais e multinacionais, num trabalho de mais de duas décadas, conectando Planejamento Estratégico Organizacional, Recursos Humanos e Gestão de Pessoas. Diretora do Nicho de Coaching Corporativo e Expansão & Regionais da ABRAP Coaching – Associação Brasileira dos Profissionais de Coaching. Hoje, atua diretora da EAR Consultoria de Desenvolvimento Organizacional e Humano especializada em desenvolvimento de projetos, treinamentos, workshops e palestras na área de Gestão de Recursos Humanos, Gestão de Negócios, Planejamento Estratégico, Liderança, Gestão Comportamental, Educação Corporativa, Mentoria de Carreira e de Recursos Humanos e Business Executive Coaching. Também é coautora do livro “Coaching Empresarial” da Editora Leader e atua como criadora e/ou assessora de projetos e eventos para a transformação comportamental de Organizações e Pessoas, entre eles Startup Coaching, 1º. Congresso de RH do Sul e Sudeste do Pará.

Coautora da metodologia Sensibilização Organizacional, onde o nosso trabalho é realizado para facilitar a transformação comportamental das pessoas. Quanto mais pessoas tiverem a capacidade de vivenciar o autoconhecimento, o autodesenvolvimento, a autoestima e a autoliderança, maior é a oportunidade de termos uma humanidade onde a sabedoria humana é o projeto de sucesso, impactando a transformação que queremos no Mundo.

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